Na verdade podemos dizer Português Lusitano ou Português de Portugal mas basicamente tem a ver com o fato de Portugal pertencer à União Europeia e permite igualmente distinguir do chamado Português Brasileiro.

O Português Europeu, Português Lusitano ou Português de Portugal é a designação dada à variedade ( ou melhor — variedade-padrão ) linguística da Língua Portuguesa falada em Portugal, nos PALOP, em Timor-Leste, em Macau e pelos emigrantes portugueses espalhados pelo mundo, englobando os seus dialectos regionais, vocabulário, gramática e ortografia.

O Termo Europeu?

Sendo uma língua de trabalho do Parlamento Europeu, implicando o uso em textos internacionais da União, bem como nos respectivos sítios oficiais, é usada a norma europeia. Por consequência é apontado como Português Europeu. É regulado pela Academia de Ciências de Lisboa.

O Termo Brasileiro?

O Português Brasileiro ou Português do Brasil é o termo utilizado para classificar a variedade da língua portuguesa falada pelos mais de 200 milhões de brasileiros que vivem dentro e fora do Brasil.

Não seria suposto o AO unificar num só termo?

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, de 1990 ( dito AO ) toma como base dois documentos – Formulário Ortográfico de 1943, no Brasil, e o Acordo Ortográfico de 1945, em Portugal e nos restantes países da CPLP; vigentes até à altura.

Como referido no texto do próprio acordo – “O AO descreve apenas regras de escrita da língua, não regulando questões relacionadas com a pronúncia, o léxico, a sintaxe ou a semântica. Por isso, o Acordo Ortográfico não unifica nem pretende unificar as variedades da língua a esses níveis, mas apenas determinar por meio de regras comuns a escrita da língua portuguesa em todos os países em que é oficial”.

Por outras palavras; o AO toma como missão principal determinar por meio de regras comuns a escrita da língua portuguesa o que é válido; e sendo um “obra ainda em elaboração” não permite a existência de uma “pura” unificação entre Brasil e restantes países falantes da Língua Portuguesa; seria uma utopia – o vocabulário a constar advém da linguagem ( de como se “fala ou pronuncia” ); não o contrário.

Afinal para que serve o AO?

É uma pergunta “justa” principalmente num período de transição e adaptação para determinadas gerações. Eventualmente “para nada”; talvez como “ponto de partida para harmonizar termos e vocábulos” de gerações vindouras; como “obra de referência para consulta das variantes permitidas” etc. Os argumentos prós e contra são vastos.

Potencialmente, e como exemplo, o Português Angolano tem mais falantes que o Português de Portugal, apesar de se vincular ao Português Europeu.. por agora!

Mas o que impede que cada um dos países venha a “ditar” a escrita, léxico e gramática conforme a evolução da língua ocorre nessas regiões / países? Isto é, o AO está em vigor neste momento, mas bastará algo similar para que a Língua Portuguesa seja um “aglutinado” de derivações ( ou dialectos ) onde as próprias palavras de “Acordo Ortográfico” deixarão de fazer sentido.