As duas formas – bento e benzido – existem na Língua Portuguesa.

Ou seja, trata-se de um verbo abundante (benzer) que pode ser conjugado no particípio de duas formas: regular e irregular; existe duplo particípio.

Assim, e de acordo com a norma temos:

Bento é a forma irregular e é utilizado com os verbos ser e estar para a formação dos tempos compostos.

Eu fui bento num rio.
Já está bento.

Benzido é a forma regular e é utilizado com os verbos ter e haver para a formação dos tempos compostos.

O bispo nega que teria benzido esse altar.
O padre havia benzido o lugar.

Usar “bento” como particípio ou não?

Observa-se, porém, que a forma bento (por questões etimológicas) não “deve” ser usado como particípio; algo que é verificado na prática e pelos falantes – dizemos benzido independentemente do verbo auxiliar usado.

Assim:
Eu fui benzido num rio.
Já está benzido.

Nem todos os gramáticos são unânimes nesta questão; todavia, tendemos a seguir o que se observa na prática, ou seja, usar “benzido” como particípio.

Relativamente a “bento” recomenda-se não usar como particípio – usar com o sentido de bendito, devoto, fausto, etc (tem função de adjetivo).